sexta-feira, 29 de abril de 2011

Pressão Mental

O fedor dos teus pés me atormenta
junto com teu bafo insano de álcool.
Teu rosto desgastado pelo tempo
me faz lembrar da idiotice de ainda te ter ao lado.

Este teu olhar de peixe morto
com este óculos que nunca te caiu bem
este conjunto todo de uma pessoa só
que não combina comigo nem com ninguém.

Tu, que fez de mim um nada
que me anulou ao teu lado
como um lixo jogado sem reutilização.

E por medo, por ilusão
por idiotice minha, eu permaneci ali
parada ao teu redor
intactamente sólida, sem qualquer tipo de reação
até o presente momento.

Aqui estou agora,
frente a frente com a decepção
olhando nos teus surpresos olhos
e dizendo as verdades que tu não queria ouvir.

E neste mesmo local permanecerei
até toda essa raiva sumir,
até essa dor esvair
por estas veias que já cansaram de sangrar.

Cala-te criatura insana
de mim tu não terá mais nada,
nem mesmo um tempo para falatório a toa.

Vá, e não volte mais.
Leva contigo essa dor
que habitou meu peito durante tanto tempo

Tempo suficiente pra ti também senti-la.

2 comentários:

  1. Porra, ficou muito bom, é um daqueles que você se identifica deveras! Parabéns!

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  2. É como estar do lado achando que faz diferença.
    Mas chegar um dia que nos colocamos fora da situação... vemos que nem nela estamos.
    E então fazemos questão de mostrar, que não estamos mais MESMO!

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