sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Sentimento, dói por dentro.

Tristeza invade o peito
e faz transbordar água salgada.

Ah, quem dera o mar fosse calmo
mas desaba feito tempestade.
Devastando tudo que pode e tudo que vive.

Oh, felicidade!
Pq também não invade,
essa amarga sensação?

Em meu peito jorra vida
que já não é bem vinda nessa grande inundação.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

A união que restou entre tristeza e bom fim.

A tristeza fez de tudo um bom fim
mas que talvez não tenha sido tão bom assim
era uma tristeza tão grande, uma dor tão forte
que não dava para comparar a nada.

Os olhos inchados a vontade nula,
e um amor despedaçado, sem rumo.
Ela era sonhadora, porém muito teimosa
fez por merecer a dor, fez por merecer esse fim

Bem feito a ela enfim,
se dói, se chora, se desespera
tudo não é mais do que o que merece como troco do passado.

domingo, 12 de janeiro de 2014

Não deixe que vá.

Ela encarou seus olhos
e virou-se rapidamente.
Andou para a saída
sem olhar pra trás novamente.

Ele desesperou-se por um tempo
esperou até que voltasse.
Ela estava na rua desorientada,
buscando algo que tudo acalmasse.

Ela achou que tudo estaria bem
quando então sumiu com o sorriso...

haviam palavras felizes em seus registros
que brilhavam como a estrela mais radiante.

Mas agora estava realmente no espaço,
não havia ar e tudo estava distante.
Eram apenas os sons que a mantinham viva.

As estrelas ao longe lembravam a alegria
daquele olhar que deixou passar.

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

O Silêncio das Estrelas

Eram para acontecer
Tantos sorrisos, abraços, beijos e pedidos
Eram para amanhecer
virar a noite com conversas, toques e sussurros no ouvido.

Como um ano que passou
E um outro que entrou
Como uma alegria sem explicação
Um banho de chuva no verão

Eram para ter comemorado, fumado e bebido
Visto fogos ao longe, de perto. Trovões sem sentido.
Eram para ter da chuva corrido
Um banho refrescante tomado.

Em vez disso, tristeza e solidão
Era pra ter sido emoção,
Infelizmente a chuva só caiu no coração.

sábado, 2 de novembro de 2013

Um simples toque

Já não toca mais
O teu celular
O teu coração

 Já está tudo errado
tudo intocado
Faz muito tempo

Quanto mais tentamos
tocar um ao outro
Menor é a força do toque
Porque nada mais te toca
Nada mais me toca

Como eu queria
Ser tocada novamente
Pela nossa antiga paixão...


terça-feira, 22 de outubro de 2013

Aquilo que vem do escuro

Aquilo que vem do escuro
de meu mais profundo sentimento
guardado com mais de sete chaves
trancado em um porão onde correm veias,
artérias, onde o mais valioso órgão vive.

Lá no escuro do meu coração
eu guardei sentimentos de raiva,
de alegria, de tristezas e de paixão.

Isso tudo é a mais alta escuridão
de um ser puro, capaz de sentir, sofrer,
sorrir e chorar.

Nada será capaz de apagar as marcas,
as cicatrizes, as emoções deixadas ali,
lá, aqui, agora, pra sempre.

Eu vim do escuro, de um útero cansado,
pedindo para expelir um ser,
que deveria ir embora, pra não mais voltar,
esta pode ter sido a minha primeira morte,
a minha primeira dor, ou a minha primeira alegria.

Eu vim do escuro, para o claro,
para tornar a ver a escuridão
e pra sempre permanecer neste ciclo,
essa é a vida, é por isso que aqui ainda bate um coração.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Passado não tão distante

Tenho saudade de quando te encontrei
e pela primeira vez te fiz sorrir

Saudades do primeiro beijo que te dei
e que aos poucos eu fiz cair

Saudades do teu all star rasgado
e do teu desleixo com certas coisas

Saudades do brilho do teu olhar
e das vezes que nada precisava falar, apenas sentir

Saudades tantas de coisas que passaram
e que por vezes te fiz mudar, por vezes reclamei

Saudades do início, do passado
Saudades de quanto tudo era festa
e o nosso coração era pouco magoado.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Vida, eu to cansado do pra lá e pra cá.

Foi anestesiado mentalmente
Com os instintos amansados
Agora é um tolo domesticado
De coleira passeia com os amigos encoleirados
E torce o nariz quando é pra torcer
Seja diante do ser semi-invisivel que descansa na sarjeta
Ou de sonhos infantis e ridículos de criança
Se alimenta de dinheiro
Que recebe em doses mensais
E vive pra se alimentar
Toma sua dose diária de conformidade
E se senta no seu trono
No centro da sua zona de conforto
No centro do que ele chama de lar
Desliga o cérebro por algumas horas
Diante de um vidro brilhante
E logo mais vai deitar
Sonha com cargos, subordinados, horários e poder
Dorme feliz pois amanhã será um belo dia pra viver

By:
Victor Kichler

sábado, 17 de agosto de 2013

Festim



"Se continuar
A ter nada a perder
Seguirei a nunca existir
E a cada segundo
Dizer-te como estou só
E caminhar
No vão entre a areia e o mar
Me faz dizer que não sera assim
Até eu me acabar
Carrego pedras contra mim
Mas meus braços são fracos
Só me resta o festim
Me faz dizer que não sera assim
Até eu me acabar
Cor de nada restou
Nulo meu capuz"

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Contei

Contei cada lágrima derramada.
Contei cada palavra falada errada.
Contei até o infinito
e lá no vazio do vácuo deixei ficar.

Contei os beijos perdidos
nos lamentos.
Contei as quedas duras
que tivemos.

Lá no fim do mundo
eu as larguei
para não mais as encontrar.

Então eu contei os sorrisos.
Contei as piadas, as infinitas risadas.
Contei e continuo a contar.

É uma felicidade tamanha
que não há medida capaz de expressar.
Não existe contagem mais alta
que o nosso amor não consiga superar.