quinta-feira, 23 de junho de 2011

Mutilação

O sangue escorrendo,
pingando no chão
como uma torneira velha
pingando água, formando uma poça.

A faca afiada, corta novamente
a pele cansada de tanto cicatrizar
explode, se esvai, jorra sangue
até não ter mais como parar.

As faixas enroladas nos braços
escondem o segredo, a sua verdade
Psicologicamente o prazer
vindo dolorosamente com a vergonha.

Nada é capaz de trazer tantas sensações
droga nenhuma consegue acalmá-la
apenas as lâminas, afiadas ou não
o importante é trazerem para a realidade o sangue
fazê-lo, mais uma vez, pigar no chão.

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