Ele não se importava
ou fingia não se importar.
Ele não mais amava
ou dizia não mais amar.
A vida o deixou sóbrio
sóbrio pra realidade.
E o vivo ficou mórbido
dentro de tanta verdade.
O silêncio não o satisfaz
apenas a música o distrai.
O amor o deixou pra traz
então mais uma vez ele cai.
Sua morte já determinada
não assusta quem está ao seu lado.
O outro também amava
mas agora sofre calado.
O que o outro tenta dizer
ele finge não querer ouvir
O que faz o outro sofrer
podia fazer ele sorrir.
O medo de expressar
o sentimento enclausurado
faz o outro pensar
em um futuro sem ele ao lado.
Então o outro preza
o que é mais importante
enquanto ele reza
por uma morte empolgante.
Nenhum comentário:
Postar um comentário