sexta-feira, 11 de junho de 2010

Realidade

Ele não se importava
ou fingia não se importar.
Ele não mais amava
ou dizia não mais amar.

A vida o deixou sóbrio
sóbrio pra realidade.
E o vivo ficou mórbido
dentro de tanta verdade.

O silêncio não o satisfaz
apenas a música o distrai.
O amor o deixou pra traz
então mais uma vez ele cai.

Sua morte já determinada
não assusta quem está ao seu lado.
O outro também amava
mas agora sofre calado.

O que o outro tenta dizer
ele finge não querer ouvir
O que faz o outro sofrer
podia fazer ele sorrir.

O medo de expressar
o sentimento enclausurado
faz o outro pensar
em um futuro sem ele ao lado.

Então o outro preza
o que é mais importante
enquanto ele reza
por uma morte empolgante.

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