sábado, 5 de junho de 2010

Indefinida

Apenas o toque nas teclas soavam calmos no quarto. Eu não queria música, não queria niguém, apenas a solidão. As lágrimas correram, então percebi que chorar me acalmava. O silêncio do quarto e o barulho incesante de meus pensamentos embaralhavam minhas palavras. Os soluços dos choramingos tomavam conta dos pontos finais. Eu já não sabia onde estava. Eu só queria viver em paz. Eu queria ser feliz para sempre, mas a tristeza me acalmava. E era ela que me motivava a encontrar a felicidade. Essa tal de felicidade que eu nem sei se realmente existe. Vivo constantemente à sua procura, por muitas vezes pensei tê-la encontrado. Mas o vazio irradiou meu ser, e me mostrou que a felicidade eu não devia mais merecer. Momentos em que o barulho era ensurdecedor e que a calma não prevalecia, eram momentos em que ali eu não me encontrava apenas residia. Quando do lado de fora havia um turbilhão de sentimentos por dentro não havia mais emoção. Eu já não sabia quem estava em mim. Não sabia quem eu era. Tentando encontrar o que queria me perdi. Não sei que caminho me trouxe aqui. Andei trilhas que jamais conheci.

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