Relâmpagos cortam os céus ao longe
Acima do lago ou do rio como alguns chamam
Sentados em uma escada dois amantes esperam
Por fogos e por uma doce promessa
Os minutos vão aumentando e a contagem vai diminuindo
Para alguns ali presentes era a promessa de um novo ano
Mas para os amantes era a promessa de um novo amor
Que ambos precisavam e que ansiosos aguardavam
10, 9, 8, 7, 6...
Sentados lado a lado
5, 4, 3, 2, 1...
Olhares e juras de amor, já trocavam
Após os fogos esperados não terem vindo
Ambos não ficaram nem um pouco desapontados
Pois, ela em uma caixa trazia os símbolos daquela nova fase que se iniciava
E ele, mesmo já sabendo disso, não deixou de se surpreender e sorrir por essa hora tão aguardada
Junto a caixa, um poema/carta ela trouxera
Que ele leu com um sorriso bobo nos lábios
O mesmo sorriso que, vindo dos lábios dela
O deixa cada vez mais perdidamente apaixonado
O tempo passa e a tempestade que ao longe observavam
No caminho de volta os alcança, os ensopa e os congela
Mas por mais que tente não consegue ofuscar a felicidade trazida
Por aquela sua nova aliança que fora assumida
Em meio a trovões, relâmpagos e chuva
Se escuta o riso dos amantes
Enamorados sob a tempestade
Nem um centímetro distantes
Ao chegarem ao abrigo, algumas tristezas tentaram
O brilho de seus sorriso ofuscar
Um anel quebrado e uma carta ensopada
Os fizeram, por um curto tempo, cabisbaixos pensar
Mas seja agora, 17 dias após o ocorrido, ou daqui a anos
Após mais algumas pedrinhas e alguns obstáculos em meio a seu caminho
Ambos olharão para aquele dia com o mesmo sorriso bobo nos lábios
Pois sabem que a partir dali seu caminho fora, para
para sempre, de alguma forma, unido
By:
Victor Kichler
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