terça-feira, 30 de outubro de 2012

Se existisse sempre alguém

Desleais àqueles que de nós se despedem
Assim que a estrada se estreita e escurece
Pois não apenas com sua desistência eles nos ferem
Mas também com a ausência do pesar das consequências

Sozinhos com a estrada escura se fechando ao nosso redor
A esperança nos abandona conforme nossa passada começa a parar
Sem podermos sair, sem podermos voltar, ficamos estagnados
Com o vazio inexplorado a distância de um olhar

Se a força necessária para continuar não pudermos encontrar
Presos no, impossível, vácuo ficaremos
Sozinhos, traídos, perdidos sem uma luz no caminho
Deixados para trás, encolhidos, pereceremos

Se ao menos um, perante a proximidade da escuridão crescente
Com medo, mas com a coragem suficiente, pudesse permanecer
Para com sua mão apontar, como uma bússola a guiar
Para o fim da inexistência que tenta nos vencer

Toda viagem, mesmo que dificultosa, terá valido a pena
Pois de que adianta uma aventura, mesmo que grandiosa
Sem uma mão amiga para nos ajudar a seguir
Durante os momentos que a escuridão ameaça nos engolir


By:
Victor Kichler

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