Por entre águas profundas
caminha a bela moça
tão inocente, suave
delicada como uma flor.
Serena como a água
ela passeia ao redor da escuridão
o olho negro sem imagem certa
apenas o reflexo borrado de si mesma
algo que eu sou incapaz de traduzir.
Cabelos escuros, de uma maciez indescritível
menina, mulher, moça bonita
sereia sem canto
mas de um encanto sobrenatural.
Olhos profundos, onde guarda os segredos
e nesta lagoa parada, nada suas tristezas
nua pelas águas
dando o ar da graça de sua fiel beleza.
Nesta noite de lua cheia
em que o céu se faz mais claro
eu consigo enxergar com firmeza
suas curvas de esplendor raro.
Princesa das águas
Sereia de meu mar,
sem ondas nas quais eu possa navegar.
Afogue-me nessa profundeza sem fim
Liberte-me deste desejo infinito
de possuí-la, mesmo que por debaixo da terra
Onde nem mesmo os desconhecidos
possam ver nossa ardente paixão.
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