domingo, 6 de novembro de 2011

Esquecimento vão

O fósforo acendeu
com o pequeno risco que deu
soltou faíscas até em chamas ficar de vez

Queimou, tudo ao seu redor
mesmo sem enxergar absolutamente nada

Fez das cinzas um recomeço
para que o passado apagasse de vez.

Mas ali estavam, cinzas.
Fazendo volume em seu precioso espaço
incapazes de serem esquecidas completamente.

Ali estava, pó.
Guardando na memória
o dia em que tentou se desfazer de tudo.

Em vão, nada é apagado assim
nada se esquece de repente
com faíscas e fogo.
Tudo se vai, com o tempo...

e tudo volta, como o vento.

Um comentário:

  1. Dizer que eu adorei a poesia seria pouco. Faz muito tempo que não entro em blog algum e acho que parei aqui por saudade de vc, mas não só por isso. Essa poesia condiz exatamente com o que está se passando por mim esse momento. Às vezes a gente pensa que algo já passou, que acabou, mas como por mágica tudo volta pra nós.
    Morro de saudades de ti, guria.
    Te adoro e mil beijos :**

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