sábado, 30 de julho de 2011

Onde ninguém visitou

Em um buraco profundo e
enclausurado estava
Preso à escuridão
Onde niguém poderia achá-lo

Apenas ali, naquela caverna
encontrava paz
naquela amedrontadora escuridão
conseguia enxergar o que nenhuma pessoa avistou

Sentiu seu coração bater forte
Ouviu o som do ar que respirava
entrar por suas narinas e sair devagar
percebeu que era no silêncio do universo
que era capaz de ouvir o impossível

Naquele mundo criado por ele
incapaz de ser penetrado por outro alguém
No buraco da perdição
encontrou sua paz, encontrou a si mesmo
dentro do negro de seus olhos
achou a visão mais bruta e sensível
o anjo caído, sua alma ferida.

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