Em um buraco profundo e
enclausurado estava
Preso à escuridão
Onde niguém poderia achá-lo
Apenas ali, naquela caverna
encontrava paz
naquela amedrontadora escuridão
conseguia enxergar o que nenhuma pessoa avistou
Sentiu seu coração bater forte
Ouviu o som do ar que respirava
entrar por suas narinas e sair devagar
percebeu que era no silêncio do universo
que era capaz de ouvir o impossível
Naquele mundo criado por ele
incapaz de ser penetrado por outro alguém
No buraco da perdição
encontrou sua paz, encontrou a si mesmo
dentro do negro de seus olhos
achou a visão mais bruta e sensível
o anjo caído, sua alma ferida.
sábado, 30 de julho de 2011
quinta-feira, 28 de julho de 2011
TEMPOral
na janela ela via a água escorrendo
queria que suas lágrimas,
fizessem o mesmo,
em seu pequeno rosto
mas ela não conseguia chorar
guardava todas as dores dentro de seu corpo
tão frágil e delicado
mas que suportara até agora, as maiores dores do mundo.
amarga, amargurada
sonhando acordada com o que nem aconteceu
estava sozinha
e por uma vida inteira viveu
por uma vida inteira
ela ali, sozinha,
envelheceu.
queria que suas lágrimas,
fizessem o mesmo,
em seu pequeno rosto
mas ela não conseguia chorar
guardava todas as dores dentro de seu corpo
tão frágil e delicado
mas que suportara até agora, as maiores dores do mundo.
amarga, amargurada
sonhando acordada com o que nem aconteceu
estava sozinha
e por uma vida inteira viveu
por uma vida inteira
ela ali, sozinha,
envelheceu.
terça-feira, 26 de julho de 2011
Memórias caídas ao chão
E ela só queria apertar o botão
desligar completamente a memória
parar de lembrar e rever as fotos velhas
já desgastadas de tanta visitação
Mas este botão não existia
então ela tentou inventá-lo
mas seu corpo não era compatível
Tentou por muito tempo calcular
criar, inventar esse maldito turn off
mas ele jamais foi conquistado
ele jamais foi encontrado
seja nela ou em outros
niguém é capaz de esquecer
de desligar as memórias
a não ser que....
desligar completamente a memória
parar de lembrar e rever as fotos velhas
já desgastadas de tanta visitação
Mas este botão não existia
então ela tentou inventá-lo
mas seu corpo não era compatível
Tentou por muito tempo calcular
criar, inventar esse maldito turn off
mas ele jamais foi conquistado
ele jamais foi encontrado
seja nela ou em outros
niguém é capaz de esquecer
de desligar as memórias
a não ser que....
quinta-feira, 21 de julho de 2011
Ciclo
sem inspiração
quando as palavras fogem com a brisa que passa
sem explicação
é o que passa na mente mas é intransponível
momentâneo
algo que durou o suficiente para ser lembrado pra sempre
espontâneo
forma de demonstrar sentimentos sem pensar em limites
vida
deixar gravada na memória mundial a nossa existência
morte
escrever um fim para nossa história
ódio
coração acelerado por sofrer demais de amor
amor
é capaz de nos deixar assim:
sem inspiração
sem explicação
vivos e mortos
fazendo do gesto espontâneo o nosso momento eterno
nesse vasto sentimentalismo de amor e ódio, paixão e ilusão.
quando as palavras fogem com a brisa que passa
sem explicação
é o que passa na mente mas é intransponível
momentâneo
algo que durou o suficiente para ser lembrado pra sempre
espontâneo
forma de demonstrar sentimentos sem pensar em limites
vida
deixar gravada na memória mundial a nossa existência
morte
escrever um fim para nossa história
ódio
coração acelerado por sofrer demais de amor
amor
é capaz de nos deixar assim:
sem inspiração
sem explicação
vivos e mortos
fazendo do gesto espontâneo o nosso momento eterno
nesse vasto sentimentalismo de amor e ódio, paixão e ilusão.
sábado, 16 de julho de 2011
Evolución
E quando não haviam
redes sociais,
como o recado era mandado?
E na inexistência do
telefone móvel,
como éramos encontrados?
Sem ao menos fichas
para o telefone público,
como avisavam a mudança de planos?
E quando a telefonista
entrava em férias,
como descobríamos os números necessários?
E quando não haviam
carros,
como corríamos para nos ver?
E quando não havia
eletricidade,
que tipo de luz reluzia em meus olhos?
A mesma luz que brilha
através da imensidão dos séculos:
o nosso amor!
redes sociais,
como o recado era mandado?
E na inexistência do
telefone móvel,
como éramos encontrados?
Sem ao menos fichas
para o telefone público,
como avisavam a mudança de planos?
E quando a telefonista
entrava em férias,
como descobríamos os números necessários?
E quando não haviam
carros,
como corríamos para nos ver?
E quando não havia
eletricidade,
que tipo de luz reluzia em meus olhos?
A mesma luz que brilha
através da imensidão dos séculos:
o nosso amor!
O corpo treme como se o frio o tivesse dominado
Mas fazia sol e as pessoas no parque com seus sorvetes
Nunca saberiam do que estava acontecendo
Se é que estava acontecendo...
Até que o sol sumiu
E o suor o inundou
Mas agora as pessoas no parque com seus casacos
Só viam seu corpo estirado no chão
Como se fosse só mais um.
Escrito por: Fernanda Garbossa
Mas fazia sol e as pessoas no parque com seus sorvetes
Nunca saberiam do que estava acontecendo
Se é que estava acontecendo...
Até que o sol sumiu
E o suor o inundou
Mas agora as pessoas no parque com seus casacos
Só viam seu corpo estirado no chão
Como se fosse só mais um.
Escrito por: Fernanda Garbossa
Foi bom enquanto durou
As pessoas que acabam um relacionamento, ou as que
tomam um “fora”, na maioria das vezes, ficam brabas, magoadas e algumas até
desejam vingança, criam esperanças, e por aí vai. Mas nenhuma dessas pessoas fala o que aconteceu
de bom com o parceiro (a). É claro que é difícil, mas precisamos ir
em frente. Aquela saudade das coisas que os dois faziam juntos. Saudades das histórias, das
brigas, das promessas, das transas, de andar de mãos dadas e até daquele ciúme
bobo. Temos que admitir foi bom enquanto durou, porém teimamos com nós mesmos
em lembrar das coisas ruins, coisas sem importância as quais dedicamos toda nossa atenção.
Devemos agradecer o que a outra pessoa nos proporcionou de bom, mesmo que
tenham sido poucos esses momentos. Não esqueça nunca dos bons momentos, pois é o
que nos levanta quando caímos. Não foi tempo perdido, porque no coração não
existe um relógio que cronometra o tempo que você se apaixonou, apenas
aproveitou aquilo que lhe proporcionaram. Ficarmos tristes é normal. Se necessário
precisamos nos guardar por um tempo. Contudo, não feche por muito tempo a
janela de seu coração, pois ele precisará tomar sol.
Escrito por: Francielle Niewinski
tomam um “fora”, na maioria das vezes, ficam brabas, magoadas e algumas até
desejam vingança, criam esperanças, e por aí vai. Mas nenhuma dessas pessoas fala o que aconteceu
de bom com o parceiro (a). É claro que é difícil, mas precisamos ir
em frente. Aquela saudade das coisas que os dois faziam juntos. Saudades das histórias, das
brigas, das promessas, das transas, de andar de mãos dadas e até daquele ciúme
bobo. Temos que admitir foi bom enquanto durou, porém teimamos com nós mesmos
em lembrar das coisas ruins, coisas sem importância as quais dedicamos toda nossa atenção.
Devemos agradecer o que a outra pessoa nos proporcionou de bom, mesmo que
tenham sido poucos esses momentos. Não esqueça nunca dos bons momentos, pois é o
que nos levanta quando caímos. Não foi tempo perdido, porque no coração não
existe um relógio que cronometra o tempo que você se apaixonou, apenas
aproveitou aquilo que lhe proporcionaram. Ficarmos tristes é normal. Se necessário
precisamos nos guardar por um tempo. Contudo, não feche por muito tempo a
janela de seu coração, pois ele precisará tomar sol.
Escrito por: Francielle Niewinski
domingo, 10 de julho de 2011
Retorno
Enterrou-se na lama
até um dia perceber
que o buraco era raso
e dali sairia sem problemas
andou pelo bosque
como um estrangeiro desorientado
não fez paradas, não falou nada
apenas observou tudo ao redor.
achou a estrada, de onde havia saído
o caminho pelo qual não pretendia voltar
mas ali se encontrava
e sem pensar em nada
continuou a andar...
até um dia perceber
que o buraco era raso
e dali sairia sem problemas
andou pelo bosque
como um estrangeiro desorientado
não fez paradas, não falou nada
apenas observou tudo ao redor.
achou a estrada, de onde havia saído
o caminho pelo qual não pretendia voltar
mas ali se encontrava
e sem pensar em nada
continuou a andar...
Assinar:
Postagens (Atom)