sábado, 5 de fevereiro de 2011

Deserto de Concreto

não era deserto
mas o sol torrava o lombo
a areia virou asfalto
e as plantas só de plástico
água apenas nas lojas
raro era conseguir dinheiro para comprá-la
o ar estava escasso
e a sede era grande
sede de fome, de viver bem
a esperança era a última que morria
mas naquele mar de devastação
era impossível sentir tal sentimento.
assim continuou a viagem
procurando por uma sombra
que não fosse tão escura quanto a solidão
mas que o fizesse sentir um pouco mais de amor
em um mundo onde não havia mais respeito e compaixão.

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