sexta-feira, 30 de abril de 2010

As coisas são assim

Quando eu acreditava que tudo estava bem, apareceu uma simples imagem pra lembrar do triste dia. A decepção invadiu a alma, povoou o ser. E então, surpresa revi a imagem, tentando não sentir mais a dor no peito. O aperto foi ficando pior e o sangue escorreu pelo corpo, a cicatriz aumentou. A solidão invadiu meus olhos, não chorei. Engoli todo sentimento que tentava extravasar. Sozinha, perdida, fui me deitar.
Na cama, pensando como tudo foi acabar assim. Pensando o que de errado havia em mim, o que de errado eu via ali. Uma simples imagem, mãos cruzadas, um jesto de carinho. Afeto que eu não teria mais, nunca mais. As lembranças voltaram, o amor acabou, a dor da perda agora cicatriza. Ainda aberta a ferida dói, dói no peito, no coração. Vi o sentimento pular de uma extremidade à outra, sem intervalo, sem tempo. Os dias passaram rápido demais pra eu conseguir digerir essa novidade. A máscara caiu, não sei se a minha ou a dele. Ele se mostrou ser o que não era e eu o vi com olhos de quem desdenha. A vida continua, não há mais por que chorar. Só me resta aceitar, daqui a pouco eu volto a me encontrar.
Pra surtar só leva mais um pouco
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2 comentários:

  1. Você escreve bem, Pâm. Ainda não tinha reparado isso em você!
    Texto melancólico e bonito ^^

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  2. não há mais porque chorar, o caminho sempre segue à frente dos nossos olhos, por mais borrados que eles estejam, lindo texto pam, *-*

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